terça-feira, 1 de junho de 2010

FESTA DO CORPO E SANGUE DE CRISTO
(Lc 9, 11b-17)
A festa de hoje é uma ótima oportunidade para se refletir sobre o Sagrado Mistério da Eucaristia, ou seja, a presença de Jesus Cristo nas espécies do pão e do vinho consagrados. Talvez, seja esta a festa mais católica das católicas, uma vez que celebra uma das verdades mais peculiares da fé da nossa igreja. Permitam-me, portanto, chamar a atenção de todos para um e, somente um, aspecto importante, dentre tantos outros que podem e devem ser considerados:
Trata-se da necessidade imperiosa de sabermos que a Eucaristia não é, simplesmente, a celebração de um acontecimento memorável, ou uma representação puramente simbólica da última ceia de Cristo com seus discípulos ou, menos ainda, uma espécie de encenação teatral para retratar esse conhecido evento bíblico. Escrevo isto, por saber que é deste modo que muitos falam da Eucaristia e assim a interpretam, sobretudo, no âmbito das diversas igrejas cristãs, protestantes e evangélicas. Ora, para nós católicos, com o devido respeito aos irmãos de outras denominações, não deve haver margem para qualquer dúvida quanto a este assunto. Em se tratando da Eucaristia, acreditamos piamente na presença real, viva e verdadeira de Jesus Cristo, seu Corpo e seu Sangue, sob as espécies do pão e do vinho consagrados, todas as vezes que se celebra uma missa. Sabemos, ainda, que é esta a maior herança espiritual que possuímos, motivo de grande alegria e esperança para todos nós.
Ademais, este não é, definitivamente, um assunto decidido, para o sim ou para o não, por uma vontade meramente humana. Não são os ministros de um lado e outro destas igrejas que vão estabelecer quem está certo ou errado sobre esse tema. Aliás, se assim o fosse, argumento por argumento, existem às pampas, de parte a parte e, diga-se de passagem, todos muito interessantes e bastante convincentes. Do lado da Igreja católica, tampouco, estamos diante de uma verdade criada e proclamada pela força e autoridade dos papas, bispos ou teólogos.
Em realidade, é o próprio Deus quem se encarrega, pessoalmente, de dirimir toda e qualquer dúvida a respeito da Eucaristia, através de numerosos e incontestáveis Milagres Eucarísticos, observados ao longo da história. Afinal, sabe-se, hoje, que o Milagre é o único argumento necessário e suficiente; uma autêntica 'prova dos nove', diante da qual os argumentos se desfazem. Eis alguns deles (que podem, inclusive, ser pesquisados na internet):
a) Lanciano - Itália, ano 700: Um monge basiliano tinha dúvidas sobre a Eucaristia. Enquanto celebrava, no momento da elevação, o pão se transforma em carne e o vinho em sangue. Após mil e trezentos anos, todas as análises do material confirmam que a carne é carne humana, do músculo cardíaco; e que o sangue é do mesmo grupo sanguíneo da carne, tipo AB; o mesmo encontrado nas partículas de sangue do Sudário de Turim (tipo sanguíneo da maioria do povo judeu). O sangue coagulou-se e mantém-se conservado, juntamente com a carne, por quase treze séculos, até hoje, sem uso de qualquer produto químico.
b) Santarém - Portugal, ano 1247: Uma senhora leva uma partícula consagrada, que não comungou, propositadamente, para que uma bruxa fizesse um feitiço que pudesse mudar a conduta devassa do seu esposo. A hóstia sangrou e manchou o seu vestido, enquanto caminhava para sua casa. Lá chegando, envolveu-a numa toalha branca e a guardou num baú, no seu quarto. A hóstia passou a noite inteira produzindo uma radiação luminosa que clareava toda a casa. Atualmente, aquela casa é uma igreja diocesana muitíssimo visitada por peregrinos de todo o mundo.
c) Regensburg - Alemanha, ano 1257: As mãos de um crucifixo em cima de um altar, puxam a hóstia consagrada das mãos de um sacerdote que, reconhecidamente, duvidava da Eucaristia. Tornou-se a Capela da Cruz e fica, hoje, na Bavária.
d) Seefeld - Austria, ano 1384: O guardião de um castelo, chamado Knight Milser, exigiu, pelo poder das armas, que o sacerdote celebrante lhe desse a hóstia grande para comungar. Quando nela tocou, o chão se partiu sob seus pés e ele afundou até os joelhos. Implorou ao sacerdote que retirasse a hóstia da sua boca, pois estava sufocado. O padre assim o fez e, só então, o chão voltou ao normal. Em 1984, na Igreja de São Osvaldo, celebraram-se os seiscentos anos desse milagre.
e) Faverney - França, ano 1600: Na Igreja de N. Sra. de la Blanche, houve um incêncio. A única peça que não se deixou consumir pelo fogo, foi um ostensório que estava no altar, com o Santíssimo Sacramento exposto. Elevou-se e ficou suspenso por cerca de trinta e três horas.
É sempre bom dizer que todos estes Milagres aqui apresentados, resumidamente, e outros tantos similares espalhados pelo mundo inteiro, foram testemunhados por centenas de pessoas, as quais deixaram oficialmente firmado, tudo o que viram e ouviram, nas dadas ocasiões. Além de que, trata-se de relatos históricos passíveis de investigação e estudo por quem se interessar possa.
Estes relatos e tantos outros que poderíamos aqui apresentar, nos permitem concluir sobre o quanto nós católicos somos muitíssimo privilegiados, uma vez que, em cada missa, podemos presenciar, pessoalmente, a realização de um milagre verdadeiro, o qual converte pão e vinho em Corpo e Sangue de Cristo, trazendo Deus para bem perto de nós e, sobretudo, após a comunhão, levando-O ao lugar onde Ele sempre quis estar e de onde nunca quis sair: dentro de cada um.